Stand Up

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Blind Love-5ºCapítulo



Bem de manhãzinha, tempo para que ainda não houvessem paparazzis ou fãs na rua, Harry saiu de casa deixando um bilhete a Jennifer, dizendo porque estava ausente.
Tinha recebido uma mensagem de Annie a pedir para se encontrarem de pressa e ainda tinha que ir para Manchester.
Ela esperava-o à frente do prédio dela. Sabia que ele tinha que se ir embora, por isso queria ser breve e precisava.
-Olá! Então, que querias falar comigo? – Disse Harry com a respiração um pouco acelerada.
-Hum... A Jennifer é a minha melhor amiga por isso não quero causar problemas nenhuns. – Começou ela.
-O que queres dizer?
-Eu vi a maneira como olhavas para ela e como falavas com ela ontem. Eu sei que começas a sentir algo por ela, mas se não te lembras, ainda estás a namorar comigo!
-Annie, desculpa, eu não sei o que se passa. Ela confiou em mim, e isso tocou-me.
-Então admites?
-Nunca te conseguiria mentir. E nós nunca estabelecemos bem o que era isto. Tu própria disseste que estávamos só a experimentar! Não é exatamente culpa minha.
-Ah, então é minha?
-Não! Não foi isso que eu quis dizer! Só que, como nunca disseste nada, eu nunca me vi obrigada a reter os meus sentimentos por outra pessoa. E ela mostra que gosta de mim.
-Então esse é o teu problema?! Não te interessa que tenhas namorada e que tenhas sentimentos por outra? Tu sempre me disseste para não me preocupar com a vossa relação.
-Talvez estivesse errado... Eu nunca previ isto! O coração não escolhe de quem gosta... Desculpa, eu tenho que ir, falamos depois.
Assim que ele se virou, ela não se conteve e gritou-lhe:
-Harry, ainda gostas de mim? – Ele parou de andar, sem olhar para trás. – Ainda gostas de mim? – Repetiu ela.
Ele virou-se, olhou-a nos olhos sem força e respondeu, baixo e calmamente.
-Eu... Eu não sei.
-Então talvez não devêssemos continuar juntos.
-Annie não digas isso! Eu só estou confuso.
-Estás confuso o suficiente para dizeres que não sabes se gostas ou não da tua namorada.
-Eu... – Ele não sabia o que dizer. Simplesmente não tinha palavras.
-Podes ir. Depois falamos. – Disse-lhe ela.
Ele assentiu com a cabeça, e sem dizer nada continuou a caminhar para o carro. Antes de fechar a porta, deu um último olhar triste a Annie. Fechou a porta, e seguiu para Manchester.
Mais tarde Jennifer acordou, olhou para o lado, e nada de Harry. Viu uma folha de papel em cima da mesinha de cabeceira.

Bom dia! Tive que sair cedo! A Annie queria falar comigo e ainda tenho que ir para Manchester. Espero que tenhas dormido bem. Liga-me se precisares de alguma coisa.
Harry xx
Ela sorriu. Levantou-se e ligou a Annie.
-“Sim?” – Atendeu ela
-Ia, consigo detetar o teu mau humor só com essa palavra!
-“E eu consigo detetar o teu bom humor nessa frase, quando supostamente estás num mau bocado.”
-Foi um teu namorado que nunca ninguém me ajudou tanto como ele!
-“Pois claro.”
-O que é que foi? O que aconteceu entre vocês os dois?
-“Digamos que tivemos um desentendimento.”
-Qual? Estás bem? – Perguntou ela preocupada.
-“Estou.”
-Mas o que é que aconteceu?
-“Se calhar devias-lhe perguntar a ele... Hum, tenho que ir, adeus.”
Jennifer nem teve tempo para responder pois Annie desligou logo. Annie não lhe quis dizer nada pois achou que devia ser o Harry a contar a Jennifer sobre os sentimentos dele. Ela não queria perder o Harry, e gostou que ele tivesse sido sincero, mas por um lado não queria prendê-lo a uma relação de que ele não tinha exatamente a certeza, mas por outro lado, provavelmente ia matá-la sempre que os visse aos dois juntos. Caso Jennifer sentisse o mesmo por Harry. O que ela não tinha a certeza, pois ela estava absolutamente cega por Niall, mesmo com os esforços de Harry para a fazer sentir-se melhor.

Uns dias se passaram. Continuava tudo igual. Jennifer ainda sofria um bocado e ainda não sabia nada sobre os sentimentos de Harry. Annie e ele tinham oficialmente acabado, e pouco se ouvia de Niall ultimamente visto que os rapazes mal falavam para ele. E Annie e Jennifer andavam ocupadas a estudar para os exames, que era muito difícil falar com eles.
Era dia 8 de Julho, última data da tour no Reino Unido. Jennifer estava em casa a descansar dos exames vendo televisão e navegando pela net, vendo o que tinha perdido nesta última semana.
*Normal mode on*
Domingo à noite, é altura perfeita para não fazer nada e para tentar esquecer problemas e tudo. E estava eu a tentar fazer isso quando a campainha tocou.
-Que estranho. – Murmurei. Passava já da meia-noite. Quem se iria lembrar de aparecer a esta hora?
Levantei-me do sofá, e simplesmente abri a porta. Nunca pensei que fosse tal pessoa.
– O que... – Não tinha palavras, e mesmo que tivesse, ele interrompeu-me.
-Jennifer eu sei que não tenho desculpa, mas podemos por favor falar? Só te peço isso. – Pediu ele.
-Niall? Estás parvo? Eu não quero falar contigo! Deixa-me em paz! – Ia para fechar a porta, mas ele travou a porta com o pé.
-Por favor dá-me só este momento para falar contigo! Cinco minutos da tua vida! Só isso! – Suplicou ele.
Consegui ver que ele parecia arrependido. Apercebi-me que se tinha passado alguma coisa no paraíso “perfeito” dele.
-Eu não tenho nada para falar contigo.
-Mas tenho eu. POR FAVOR Jennifer!!
Eu empurrei-o para fora de minha casa, virei-lhe as costas e ia para fechar a porta.
-Jennifer! Olha-me nos olhos e diz que não me amas, e que já me esqueceste! – Gritou ele. Eu parei a porta, e abria-a mais um pouco. – Diz-me que não me amas, e eu vou-me embora daqui!
-Sim, idiota! É claro que te amo e nunca te vou esquecer! Mas não quero falar contigo! Sabes quantas noites mal dormi por não conseguir parar de chorar por causa de ti? Sabes o quão mal e inútil me fizeste sentir? Sabes a quantidade de lágrimas eu gastei contigo? Sabes a quantidade de vezes que TU me passas pela mente por dia? E sabes o quanto eu te amo? Tens alguma noção disso tudo? Então quando souberes podes falar comigo.
Não me consegui conter, as palavras estavam ali presas há muito. E as lágrimas também não se conseguiram conter, outra vez.
                Fechei a porta com toda a força que tinha e sentei-me encostada a ela a chorar. Só o ouvi murmurar lá fora:
-Eu sei que deixar-te foi um erro. Eu sei que também já chorei por ti. Sei agora uma coisa que não tinha a certeza antes, sei que me amas, e que farias qualquer coisa por mim. Sei que teres-me visto agora te doeu imenso, e estares a ouvir a minha voz te está a fazer chorar ainda mais, e isso está-me a matar por dentro. Porque me apercebi que eu fui-me embora, eu abandonei-te mas...deixei o meu coração contigo. E és a única que alguma vez o poderá carregar. Eu não te quero magoar mais, por isso se mesmo depois disto, não quiseres falar comigo, não digas nada, e eu vou-me embora.
Parei um bocado para pensar. Devia falar com ele ou não? Não sabia, mas sabia que o amava, por isso, se calhar devia ouvir o que ele tinha para dizer. Limpei as lágrimas, levantei-me, e abri a porta. Ele já ia a meio do corredor, e quando se virou e viu a porta aberta, sorriu.
Sem dizer nada deixei-o entrar. Ele sentou-se num sofá, e eu sentei-me no outro, bem longe um do outro. Suspendi o computador e desliguei a televisão.
-Hum, ela fê-lo outra vez... E desta vez tentou roubar-me... – Começou ele timidamente. – E eu apercebi-me do quão cego estava. É que eu nem gostava mesmo dela, estava só cego pela chantagem e manipulação dela.
-Bom começo.
-Hum, e o Liam falou comigo há uns dias e disse-me que se notava à distância o quão apaixonada estavas por mim, e... Sinceramente eu não sabia. Eu sabia que gostavas de mim, só não sabia que eu podia significa assim tanto para uma pessoa, como aparentemente significo para ti. Eu juro que não sabia que te ia magoar tanto, pensei que nem te ias importar...mas afinal estava enganado.
-Super enganado... – Sussurrei.
-E bem, eu só te queria mostrar o quanto te amo, e eu estive durante o concerto todo a preparar estas palavras, porque apercebi-me que estava na altura de falar contigo. Eu espero que entendas, e que vejas o quanto te quero. Aceitas-me de volta?
-Niall eu entendo-te. Eu nunca te culpei por me teres deixado, culpei-a a ela, ela é que te manipulou. Apesar de não te ter culpado, sim, fiquei mesmo magoada contigo, e um certo chateada por isso não consigo simplesmente aceitar-te de volta sabendo que poderás...magoar-me outra vez.
-Nunca faria isso de prepósito! Nunca! Se o fiz da primeira vez é porque estava totalmente cego mas meu amor, eu preciso de ti!
-Quando precisei de ti...também não estavas lá.
-Tens razão. – Ele levantou-se. – Eu vou-te deixar dormir, e pensar agora. Se não conseguires dormir por causa da razão que me disseste há bocado liga-me. Mas... Eu não vou desistir de ti. Eu vou lutar para ter o teu amor de volta.
-Não esperava outra coisa.
-Mas ligas?
-Se precisar.
-Então adeus. – Ele foi sozinho até à porta e antes de a fechar, sussurrou: - Eu amo-te Jennifer. – E fechou a porta.

6 comentários:

  1. WOW! Tu tens atenção a todos os promenores! Datas, dias da semana,paparazzis e fãs, os concertos...! Adoro isso!
    Já para não falar no drama, e na maneira fantástica como escreves!
    AH! Espero que ela escolha o Harry!
    Ok, adoro-te, continua :D

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    1. Oh, muito obrigada!! Tais comentários significam muito para mim!! Agradeço-te imenso! :)

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    2. Eu é que te agradeço a ti! Durmo sempre melhor depois de ler um capítulo!!
      A sério, parabéns!

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  2. ok eu estou a ficar maluca com isto tudo, a ver se percebes eu quero muito que ela fique com o Harry, o Niall foi parvo, please,
    Estou a adorar esta fic, está no meu top 3 de fanfictions
    Parabéns e continua

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    1. Ohh! Obrigada!! E ainda bem que comentaste! Vou manter a tua opinião do Harry e do Niall em mente enquanto estiver a escrever o próximo capitulo!

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